Em 15 de maio de 2020, era anunciada a compra
da plataforma britânica de GIFs animados Giphy, pelo grupo Facebook, um negócio de mais de U$ 400 MI.
Ao anunciar a compra, a Giphy publicou no blog da empresa que vai continuar trabalhando e disponibilizando a plataforma para outros parceiros. Executivos do Facebook confirmaram a intenção - mas as autoridades britânicas não ficaram satisfeitas.
Isto porque além de ser a maior plataforma de GIFs do mundo, a Giphy coleta e compartilha dados relacionados dos usuários - que agora seriam acrescentados à poderosa base de dados do grupo Facebook.
É isso mesmo, os (não tão) inocentes GIFs engraçados tão utilizados nos sites e redes sociais podem ser usados para traquear o comportamento dos usuários e posteriormente segmentar os anúncios exibidos de acordo com o perfil do visitante.
Hoje, cerca de um ano após o anúncio, o contrato continua aguardando a aprovação do órgão regulador - neste caso a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) da Grã-Bretanha - equivalente ao CADE na legislação brasileira.
Em dezembro do ano passado, a CMA avaliou de forma preliminar que a compra do Giphy poderia afetar negativamente a concorrência no mercado de fornecimento de beacons de rastreamento da web.
O Facebook recorreu, mas não conseguiu convencer a justiça britânica de que a CMA não teria competência para avaliar este tipo de situação, já que o acesso aos dados de usuários não seriam objeto direto de desequilíbrio mercadológico.
Para o juiz do caso,Sir Geoffrey Vos, a CMA tem autoridade para interromper a aquisição. Além disso, seria obrigação do grupo adquirente responder de forma satisfatória aos questionamentos da agência reguladora, algo em que o Facebook tem falhado até o momento.
A fusão Giphy permanece em espera até que o CMA conclua seus prognósticos.
As informações são do site
The Register